Peixe Vidro Indiano (Parambassis ranga)

 

Parambassis ranga

Nome Popular: Peixe Vidro Indiano — Inglês: Chanda ranga, Glass perchlet, Glassy fish, Indian Glass Perch, Indian glassy fish India, Siamese glassfish

Ordem: Perciformes — Família: Ambassidae

Distribuição: Ásia. Paquistão, Índia, Bangladesh, Myanmar, Tailândia, Malásia e Nepal

Comportamento: Pacífico, gregário

Tamanho Adulto: 8 cm (comum: 3 cm)

Expectativa de Vida: 3 a 4 anos

pH: 6.6 a 8.0

Dureza: 9 a 19

Temperatura: 20°C a 30°C

Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (56L)

Alimentação: Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de crustáceos, anelídeos, vermes e outros invertebrados. Aceitará prontamente alimentos secos e vivos, devendo ser fornecido este último regularmente.

Reprodução: Ovíparo. Fêmea irá liberar cerca de 200 a 500 ovos em meio a vegetação ou fundo (ninho) que serão fecundados imediatamente pelo macho. Alevinos eclodem cerca de 24h e nadam livremente entre três e quatro dias. Pais cuidam da progênie.

Dimorfismo Sexual: Machos apresentam coloração levemente amarelada sobre o corpo, que costuma ficar mais intensa em época de reprodução. O macho desenvolve uma mancha escura na nadadeira dorsal.

Biótopo: Encontrado em água lenta e parada, principalmente em represamentos em meio a densa vegetação. Ocasionalmente pode frequentar água salobra.

Informações adicionais: Como sugere seu nome comum, apresenta corpo transparente revelando seus ossos é órgãos internos. Anteriormente conhecido como Chanda ranga, muitas vezes é referido como uma espécie frágil e difícil de se manter em aquário. Isso se deve ao mito persistente de que a espécie deve ser mantida somente em água salobra, aliado ao fato de não aceitar alimentos secos, quando na verdade esta espécie vive a maior parte de seu tempo em água doce. Esta espécie pode de fato ser condicionado em condição de água levemente salobra, mas não é obrigatório como sugerem algumas leituras.

É uma espécie tímida e pacífica que pode ser criado em aquário comunitário, desde que não possua espécies muito maiores ou agressivas. Deve-se manter pelo menos seis indivíduos para se sentirem mais a vontade.

Infelizmente, muitas vezes aparece nas lojas de aquarismo, uma variedade chama Peixe Vidro Pintado, que envolve a adição de tinta colorida no tecido transparente do peixe, o tornando supostamente mais atraente. Aquaristas iniciantes muitas vezes são levados a acreditar que o colorido é natural ou que o processo de tingimento é indolor e que não causa nenhum dano. Peixes submetidos a este processo sofrem traumas e são bastante suscetíveis à doenças, incluindo o Íctio, infecções, podridão e a doença viral Linfocístis. A coloração artificial muitas vezes desaparece em pouco tempo, mas ainda assim diminui drasticamente a expectativa de vida do peixe.

Parambassis ranga3

Referências:

  1. Shrestha, T.K., 2008. Ichthyology of Nepal: a study of fishes of the Himalayan waters. Kathmandu : Himalayan Ecosphere, 388 p., [104] p. of plates : col. ill., col. maps ; 23 cm.
  2. Talwar, P.K. and A.G. Jhingran, 1991. Inland fishes of India and adjacent countries. Volume 2. A.A. Balkema, Rotterdam.
  3. Schliewen, U.K., 1992. Aquarium fish. Barron’s Education Series, Incorporated. 159 p.
  4. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
  5. Riede, K., 2004. Global register of migratory species – from global to regional scales. Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081. Federal Agency for Nature Conservation, Bonn, Germany. 329 p.
  6. Rahman, A.K.A., 1989. Freshwater fishes of Bangladesh. Zoological Society of Bangladesh. Department of Zoology, University of Dhaka. 364 p.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Ju,ho/2015
Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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