Gourami Licorice (Parosphromenus deissneri)

 

Parosphromenus deissneri (Bleeker, 1859)

Foto de Karsten Keibel em www.parosphromenus-project.org

Nome Popular: Gourami Licorice — Inglês: Licorice gourami

Ordem: Anabantiformes — Família: Osphronemidae

Distribuição: Endêmico da ilha de Bangka na Indonésia

Tamanho Adulto: 3 a 4 cm

Expectativa de Vida: 3 anos

pH: 3.0 a 6.5 — Dureza: < 4

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 20 cm largura — Pode ser mantido em um aquário plantado, embora muitos criadores preferem não usar substrato devido a facilidade de manutenção.

Raízes e ramos de madeira podem ser utilizados e colocados de tal forma que formem alguns pontos sombreados. A adição de folhas secas no substrato enfatiza seu habitat natural, além de criar uma colônia de pequenos seres que poderão servir secundariamente de alimento, além de liberar taninos e outros produtos químicos benéficos para peixes oriundos de ambientes de água negra. Plantas altas também poderão ser utilizadas.

Por ser uma espécie de ambiente lêntico, deve-se evitar criar forte fluxo na água.

Comportamento & Compatibilidade: Seu comportamento é pacífico e ficam melhor se mantido sozinho ou casal, embora pequenos peixes pacíficos possam ser mantidos junto com a espécie.

Alimentação: Carnívoro. É um micro-predador que se alimenta de pequenos invertebrados aquáticos. Em aquário poderá não aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos regularmente como artêmias, daphnia, larva de mosquito e microvermes.

Reprodução: Ovíparo. Desovam em pequenas cavernas ou entre amontoado de folhas. Formam casal temporário e após a desova, apenas o macho se torna responsável pelos ovos.

A característica comum da espécie durante o acasalamento é o comportamento do macho que adota uma posição de cabeça para baixo (ou para cima) na horizontal, cortejando e atraindo a fêmea até que esta libere os ovos junto ao local pré determinado. Os ovos são liberados durante uma série de abraços, conhecido como abraço nupcial, onde o macho envolve seu corpo em torno da fêmea.

Alguns machos podem construir um ninho de bolha rudimentar, enquanto outros preferem anexar os ovos livremente. Os alevinos eclodem em até 36 horas e nadam livremente após cerca de 4 a 6 dias. O cuidado parental do macho acontece até uma semana após os alevinos estarem nadando livremente.

Foto de Karsten Keibel em www.parosphromenus-project.org

Dimorfismo Sexual: As fêmeas são menos coloridas e não possuem as faixas azul e vermelho nas nadadeiras dorsal, anal e caudal característico dos machos. Ambos os sexos também são capazes de mudar rapidamente de cor dependendo do humor e tornar-se significativamente mais escuros quando agressivos, por exemplo.

Biótopo: Ocorre em riachos de águas negras e densa vegetação marginal. A água é tipicamente de cor escura coradas com substâncias húmicas e outros produtos químicos liberados pela decomposição de material orgânico e densa vegetação marginal. O conteúdo mineral dissolvido neste habitat é geralmente insignificante, o pH pode ser tão baixo quanto 3.0 ou 4.0 e o substrato normalmente é repleto de folhas caídas, galhos e raízes de árvores submersas.

Etimologia: Parosphromenus; do latim paro = “do lado” + nome genérico osphromenos = para cheirar. Deissneri em homenagem ao Sr. Deissner, que descobriu a espécie.

Sinônimos: Osphromenus deissneri

Informações adicionais: P. deissneri foi o único membro reconhecido do gênero por quase um século após sua descrição em 1859. Os aquaristas costumam referir-se a Parosphromenus spp. coletivamente como Gourami Alcaçuz ou Gourami Paros.

Resultados de análises filogenéticas de Rüber et al. (2006) sugerem que o gênero Parosphromenus está estreitamente relacionado com a maioria de espécies de Betta ou Trichopsis no sentido evolutivo.

Assim como outros indivíduos da ordem Anabantoidei, esta espécie possui órgão acessório de respiração conhecido como labirinto que permite o peixe respirar ar atmosférico.

Este órgão é formado por uma modificação no primeiro arco branquial, altamente vascularizado e ricamente irrigado por vasos sanguíneos, que faz com que o ar passe bem próximo da corrente sanguínea, proporcionando a troca de oxigênio com o sangue por meio de difusão. A estrutura do órgão varia de complexidade entre as espécies, tendendo a ser mais desenvolvido em espécimes que habitam ambiente privado de oxigênio.

Enquanto a maioria dos peixes que possuem o labirinto pode ser observado tomando goles de ar na superfície com relativa frequência, espécies do gênero Parosphromenus o fazem com menor frequência.

Referências:

  • Kottelat, M. and P.K.L. Ng, 1998. Parosphromenus bintan, a new osphronemid fish from Bintan and Bangka islands, Indonesia, with redescription of P. deissneri. Ichthyol. Explor. Freshwat.
  • Bleeker, P., 1859 – Natuurkundig Tijdschrift voor Nederlandsch Indië v. 18: 359-378
    Negende bijdrage tot de kennis der vischfauna van Banka.
  • Finke, P. (ed.) – World Wide Web electronic publication, http://www.parosphromenus-project.org: Accessed on 13.02.10
  • Linke, H., 2012 – Amazonas Sep/Oct 2012: 29-34 Traveling in Licorice Gourami biotopes.
  • Rüber L., R. Britz and R. Zardoya, 2006 – Systematic Biology 55(3): 374-397
    Molecular phylogenetics and evolutionary diversification of labyrinth fishes (Perciformes: Anabantoidei).

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2021
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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