Gnathonemus petersii (Günther, 1862)
Nome Popular: Peixe Elefante — Inglês: Elephantnose fish
Família: Mormyridae (Mormyrídeos)
Origem: África, Niger até bacia do rio Congo
Tamanho Adulto: 35 cm (comum: 20 cm)
Expectativa de Vida: 5 anos +
Temperamento: Pacífico
Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 L)
Temperatura: 22°C a 28°C
pH: 6.0 a 7.6 – Dureza: 5 a 15
Visão Geral
Espécie com vasta distribuição no continente africano, encontrado em áreas escuras sob densa vegetação em rios de fluxo lento. Apresenta formato incomum com corpo alongado, boca pequena e redonda localizada acima da mandíbula inferior. Sua mandíbula inferior é longa e tem o formato parecido com a tromba de um elefante, daí seu nome comum. Sua coloração normalmente é cinza escuro puxando para o marrom com duas listras brancas amareladas que se estendem verticalmente entre a nadadeira dorsal e anal.
Assim como outros Mormyrídeos, produz um campo elétrico fraco usando um tecido muscular localizado em sua cauda. Possui também eletro-receptores que permitem receber sinais elétricos. Com estes o peixe pode sentir o mais ínfimo dos movimentos ao seu redor e nadar pela escuridão total, habilidade extremamente útil para um peixe que possui visão deficiente. Esta adaptação também é usada para se comunicar uns com os outros, encontrar parceiros reprodutivos, caçar ou evitar predadores.
É uma espécie delicada que exige aquário específico (vide exigências abaixo) para que possa prosperar. É bastante sensível a qualidade da água e a presença de medicamentos na água incluindo o sal. Por esta razão é utilizado como indicador natural da qualidade da água em algumas regiões da Alemanha e Estados Unidos. A frequência de suas descargas elétricas aumentam a medida que a água se torna mais poluída.
Mormyrídeos apresentam cérebros relativamente pequenos, possuindo o equivalente a um cérebro humano em relação a seu tamanho.
Aquário & Comportamento
Substrato arenoso e macio deverá ser usado no aquário, assim como bastante locais para que possa se esconder durante período diurno. Deve-se evitar utilizar adornos pontiagudos que possam ferir o peixe, uma vez que sua visão é bastante deficiente e apresenta comportamento assustadiço. O aquário deverá possuir bastantes plantas e iluminação fraca a moderada para que fiquem mais a vontade.
Um aquário de 200L acomodará uma única espécie. Caso queira manter um cardume, considere aquário de pelo menos 150 cm de comprimento e 350L. Um cardume de pelo menos cinco espécimes ou mais, dispersará agressões dentro do grupo.
É uma espécie de hábito noturno, de comportamento pacífico com outras espécies de peixes e extremamente territorial com indivíduos da mesma espécie. Deverá ser mantido com peixes pacíficos e embora comerá peixes de porte muito diminuto, pode ser mantido com peixes pequenos como Tetras de maior porte ou ciclídeos anões, entre outros.
Reprodução & Dimorfismo Sexual
Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida. Usam impulsos elétricos para reconhecer membros do sexo oposto, um estudo científico sugere que quando mantidos nos confins de um aquário não conseguem a distinção, inibindo sua reprodução.
Não apresentam dimorfismo sexual evidente.
Alimentação
Carnívoro. Em seu ambiente natural se alimenta basicamente de vermes e insetos. Apresentam eletro-receptores distribuídos por toda a cabeça, região dorsal e ventral de seu corpo, ausente em suas laterais e no pedúnculo caudal, onde o órgão elétrico está localizado. Emitem pulsos elétricos para caçar, utilizando sua “tromba” para localizar alimentos junto ao substrato.
Em cativeiro aceitará prontamente alimentos como larvas de insetos, bloodworm, dáfnias e tubifex, além de peixes de porte diminuto e minhocas. Dificilmente irá aceitar alimentos secos, embora poderá se adaptar a alimentos para peixes de fundo.
Etimologia: Gnathonemus: Grego, gnathos = mandíbula + grego, nema = filamento
Referências
- Gosse, J.-P., 1984. Mormyridae. p. 63-122. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ORSTOM, Paris and MRAC, Tervuren. Vol. 1.
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
- Bigorne, R., 1990. Mormyridae. p. 122-184. In C. Lévêque, D. Paugy and G.G. Teugels (eds.) Faune des poissons d’eaux saumâtres d’Afrique de l’Ouest. tome 1. Faune Trop. 28. Musée Royal de l’Afrique Centrale, Tervuren, and ORSTOM, Paris.
- Møller, P.R., 1995. Electric fishes: history and behavior. Chapman & Hall, London. 584 p.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2016
Colaboradores (collaboration): –
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