Barbo Odessa (Pethia padamya)

 

Pethia padamya (Kullander & Britz, 2008)

Nome Popular: Barbo Odessa — Inglês: Odessa barb

Ordem: Cypriniformes — Família: Cyprinidae (Ciprinídeos)

Distribuição: Ásia, endêmico de Myanmar

Tamanho Adulto: 4.6 cm

Expectativa de Vida: 5 anos +

pH: 6.5 a 8.5 — Dureza: < 10

Temperatura: 16°C a 26°C

Aquário Mínimo: 80 cm (comprimento) X 30 cm (largura) – a decoração do aquário é indiferente, embora se mostrem mais coloridos quando mantidos em aquário plantado e substrato escuro.

Comportamento: Pacífico e gregário, deve ser mantido no mínimo seis espécimes. A interação entre machos é interessante de assistir e eles exibirão ainda mais suas cores quando competirem pela atenção das fêmeas ou posição hierárquica.

Compatibilidade: Pode ser mantido em aquário comunitário com peixes de porte semelhante.

Alimentação: É provável que seja um onívoro forrageiro alimentando-se de vermes, insetos e outros pequenos invertebrados, bem como material vegetal e detritos orgânicos. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos, devendo ser incluído rações vegetais em sua dieta.

Reprodução: Ovíparo, similar a outros barbos, após ritual de acasalamento com macho se exibindo para fêmea, ela dispersará ovos livres próximo ao substrato ou entre plantas, que serão fecundados em seguida pelo macho. Larvas eclodem em até 48 horas e nadam livremente após 24 à 48 horas. Pais não exibem cuidado parental e podem comer alevinos.

Dimorfismo Sexual: Machos possuem uma faixa espessa de coloração vermelho-laranja brilhante nos flancos e marcações intensamente mais definidas nas nadadeiras. As fêmeas sexualmente maduras são geralmente mais encorpadas do que os machos e têm um padrão de cores mais claro.

Biótopo: Os espécimes foram coletados a uma altitude de cerca de 3.000m acima do nível do mar. As águas eram geralmente claras, desprovidas de plantas aquáticas e fluindo sobre calcário, resultando em um valor de pH em torno de 11,0. Os substratos na área eram de cascalho ou lama (R. Britz, com. Pess.).

Etimologia: Pethia é o nome vernacular para pequenos ciprinídeos em cingalês. Padamya é uma palavra birmanesa que significa rubi, dado com referência ao nome Barbo Ruby usado no comércio de peixes ornamentais, e à cor vermelho brilhante dos machos.

Sinônimos: Puntius padamya

Informações adicionais: Sua distribuição é conhecida a partir do centro de Myanmar, ocorrendo em um lago artificial na aldeia de Toe Gyi. Também foi registrado de trechos mais baixos do rio Chindwin, um afluente do Ayeyarwady, e um “pequeno lago” a 500 metros do canal principal do rio.

Esta espécie está disponível no aquarismo desde o início dos anos de 1970, mas a sua origem era um mistério até 2003. Ele surgiu pela primeira vez na Ucrânia com o nome comum “Odessa”, derivado da cidade portuária de mesmo nome.  Quando chegou na Europa Ocidental foi amplamente considerado um híbrido de congêneres de aparência semelhante, como P. conchonius, P. ticto e P. cumingii.

Também foi hipotetizado como uma subespécie de P. ticto ou P. conconius, e alguns sugeriram na época que o peixe fosse tingido artificialmente.

Após a descoberta de suas populações naturais, os espécimes capturados começaram a aparecer no hobby e ficou claro se tratar de uma espécie única, mas a confusão em sua identificação continuou por mais 5 anos, até que a descrição oficial foi publicada em outubro de 2008. As variantes naturais e ornamentais são idênticas.

Pode ser confundido com P. didi, mas distinguido pela extensão da marcação umeral que se estende até a linha lateral (vs. atingindo a base da nadadeira peitoral em P. didi), possessão de margens escuras e múltiplas fileiras de pontos nas nadadeiras pélvicas e anais (vs. ausência de marcas escuras ou com faixa marginal enegrecida e única fileira de manchas ao centro) e presença de pigmentação laranja-avermelhada nos machos (vs. ausência).

P. meingangbii e P. manipurensis compartilham um padrão de coloração semelhante em que os machos possuem pigmentação vermelha nos flancos e na nadadeira caudal. O primeiro é pouco conhecido, mas supostamente carece de barbilhões, tem uma marcação maior no pedúnculo caudal e possui nadadeiras pélvicas e anais de cor escura a avermelhada, enquanto em P. manipurensis a marcação umeral é relativamente pequena, barbelas ausentes e não há manchas escuras nas nadadeiras pélvica e anal.

Espécime fêmea
Espécime macho em época de reprodução

Referências:

  1. Kullander, S.O. and R. Britz, 2008. Puntius padamya, a new species of cyprinid fish from Myanmar (Teleostei: Cyprinidae). Electronic J. Ichthyol.
  2. Pethiyagoda, R., M. Meegaskumbura and K. Maduwage, 2012. A synopsis of the South Asian fishes referred to Puntius (Pisces: Cyprinidae). Ichthyol. Explor. Freshwat.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Julho/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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