Eletric blue johannii (Pseudotropheus johannii)

 

Pseudotropheus johannii (Eccles, 1973)

Foto: Ad Konings (c)

Nome Popular: Ciclídeo Chipokae — Inglês: Bluegray mbuna, Eletric blue johannii

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Distribuição: África, endêmico do Lago Malawi. Ocorre em Masinje Rocks, Cape Ngombo.

Tamanho Adulto: 10 cm

Expectativa de Vida: 8 anos +

pH: 7.8 a 8.6 — Dureza: 9 a 19

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — Para manter um hárem com um macho e diversas fêmeas considere aquário com pelo menos 100 cm de comprimento, para aquário comunitário mínimo de 150 cm. O aquário para a espécie, assim como para qualquer ciclídeo Mbuna, deverá conter inúmeras rochas formando um paredão rochoso para se refugiarem e demarcarem território. Deixe algum espaço livre para nadarem.

Comportamento & Compatibilidade: Como a maioria dos Mbunas, apresentam uma intensa agressividade intra-espécie. Sua agressividade é mais restrita aos machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes. Como são peixes de harém, é recomendado sempre manter pelo menos um macho e três fêmeas, assim elas não ficarão muito estressadas por causa de perseguições da parte do macho. É uma espécie relativamente calma com outras espécies de peixes, em comparação com outros Mbunas.

Alimentação: Onívoro. Em seu ambiente natural alimentam-se da biocobertura das rochas. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs). Peixes recém-nascidos que sejam encontrados também fazem parte da sua dieta. Em aquário devem ser alimentados com alimento apropriado para peixes com uma alimentação rica em matéria vegetal. Alimento seco com base de proteína animal pode ser ministrado com parcimônia periodicamente. O excesso de proteína animal (encontrado nas rações para os peixes onívoros e carnívoros) prejudica a saúde do peixe herbívoro, podendo resultar em Bloat ou outras doenças.

Reprodução: Ovíparo. O acasalamento ocorre num local escolhido previamente pelo casal e o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos. A fêmea depositará os ovos no solo e o macho fertilizará em seguida. Incubadores bucais, a fêmea guardará os ovos na boca. Cerca de 10 dias os ovos eclodem e a fêmea irá protegê-los na sua boca por cerca de duas semanas ou três semanas. No final do período de incubação os alevinos são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação.

Dimorfismo Sexual: As fêmeas e os machos juvenis são amarelos. A coloração dos machos é uma combinação de azul a roxo e preto, com uma linha azul atravessando a testa, por cima do olho e ao longo do corpo acima da linha média, uma segunda linha aparece abaixo da linha média. Machos possuem várias manchas amareladas em sua nadadeira anal, similar a pequenos ovos (vide reprodução).

Biótopo: Pertence ao grupo Mbuna (fala-se ambuna), por viver próximo de rochas, se alimentando da biocobertura presente.

Etimologia: Pseudotropheus: grego, pseudes = falso + grego, tropaion = derrota. Johannii, derivado do nome alemão Johan, em homenagem a Johan Johns, coletor de peixes do lago Malawi para o comércio de aquarismo.

Sinônimos:

Informações adicionais: Espécie relativamente popular no aquarismo.

Pertence ao grupo Johannii, juntamente com os Cyaneorhabdos, Interruptus e Perileucos. É muitas vezes confundido com o Cyaneorhabdos, pois este tem como nome comercial Electric Blue Johanni, o que leva as pessoas a pensarem, erradamente, que é a mesma espécie, além disso têm a coloração absolutamente igual, sendo que as eventuais diferenças são a maior robustez do Johanni e, além disso, enquanto no caso dos Cyaneorhabdos, as fêmeas e os juvenis são iguais ao macho, no caso dos Johannii, as fêmeas e os juvenis são de um amarelo. Este peixe tem a particularidade de detectar odores e cheiros na água. Para isso suga a água, retendo-a na boca o tempo necessário para a cheirar. (Fonte: Pseudotropheus johannii em Ciclídeos.com)

Foto: Ad Konings (c)

Referências:

  • Maréchal, C., 1991. Melanochromis. p. 258-265. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris.
  • Yamamoto, M.N. and A.W. Tagawa, 2000. Hawai’i’s native and exotic freshwater animals. Mutual Publishing, Honolulu, Hawaii.
  • Mundy, B.C., 2005. Checklist of the fishes of the Hawaiian Archipelago. Bishop Mus. Bull. Zool.
  • Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Abril/2020
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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