Aruanã Australiana / Jardini (Scleropages jardinii)

 

Scleropages jardinii

Classificação

Classe: Actinopterygii  • Ordem: Osteoglossiformes • Família: Osteoglossidae

Nome binomial: Scleropages jardinii

Sinônimos: Osteoglossum jardinii

Grupo Aquário: PrimitivosPeixes JumboPredadores

Nomes comuns

Aruanã jardinii, Aruanã Australiana, Jardinii, Aruanã Pérola.

Inglês: Jardinii Arowana, Australian bonytongue, Australian Arowana, Bony tongue, Gulf barramundi, Gulf Saratoga, Jardine’s barramundi, Northern barramundi, Saratoga

Distribuição & habitat

Ásia e Oceania

Países: Austrália, Indonésia e Papua Nova Guiné

São comumente encontrados em águas tranquilas de córregos e brejos próximo da superfície e em meio a densa vegetação aquática

Scleropages jardinii-map
Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

Pelágico; água doce • pH: 6.0 – 7.0 • Dureza: ? • Clima: tropical; 24°C – 30°C

Tamanho adulto

90 cm (comum: 50 cm) • Estimativa de vida: desconhecido

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 200 cm X 50 cm X 60 cm (600 litros) requerido. Necessitam de um tanque amplo com tampas pesadas devido ao seu grande tamanho e por ser um peixe que naturalmente costuma saltar, devemos ressaltar também os cuidados específicos para manter boa qualidade da água.

É uma espécie extremamente territorial e agressiva(a mais agressiva das aruanãs). Tem aptidão em atacar peixes com cores chamativas e pode persegui-los até a morte.

Alimentação

Onívoro (essencialmente carnívoro/insetívoro), em seu ambiente natural alimenta-se principalmente de insetos terrestres e aquáticos, pequenos peixes, rãs, crustáceos e secundariamente material vegetal. Em cativeiro poderá não aceitar alimentos secos, sendo necessário o fornecimento de carnes brancas e alimentos vivos, além de insetos.

Reprodução e dimorfismo sexual

Como outros aruanãs, as espécies australianas são incubadores bucais, as fêmeas guardam e transportam os ovos (entre 50 e 100) em sua boca enquanto dura a longa incubação (aproximadamente 5 semanas). Quando os ovos eclodem os jovens abandonam a boca da mãe, mas se notarem qualquer perigo se refugiam novamente lá até que atinjam um tamanho maior. O grande saco vitelino pingente e alaranjado é visível durante muito tempo.

Não possuem dimorfismos sexuais visíveis á olho nu. Não se conhecem experiências de reprodução em cativeiro. Na natureza a reprodução do S. jardini começa no início da estação das chuvas, que na Austrália se corresponde com o mês de Outubro. Para a espécie do sul, S. leichardti, a época de reprodução começa antes, em agosto-setembro.

Galeria de imagens

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Descrição

Lembra bastante as aruanãs asiáticas, mas a australiana tem escamas muito menores e em maior número, em ocasiões sendo adornadas com una marca vermelho-alaranjada, nem sempre visível. Enquanto a Aruanã asiática (Scleropages formosus) tem cinco fileiras de escamas dispostas horizontalmente, as das espécies de aruanãs australianas (Scleropages jardini e Scleropages leichardti) contam com 7 fileiras de escamas.

O número de escamas na linha lateral é de 32-35 em S. leichardti e S. jardinii enquanto que S. formosus possui somente 21-25. É importante diferenciar as aruanãs australianas das asiáticas, porque enquanto as primeiras podem ser vendidas e importadas , as asiáticas são espécies protegidas (por correrem perigo de extinção) e seu comércio está proibido em todos os casos, com a exceção das variedades conhecidas como Yellow-Tail e Green.

A diferença das espécies de aruanãs americanas (gênero Osteoglossum) é de que elas são maiores, enquanto, as australianas possuem uma forma muito mais alargada e especialmente barbatanas muito mais largas.

Referências

  1. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243 p.
  2. FAO-FIES, 2014. Aquatic Sciences and Fisheries Information System (ASFIS) species list. Retrieved from http://www.fao.org/fishery/collection/asfis/en, April 2014.
  3. Allen, G.R., 1991. Field guide to the freshwater fishes of New Guinea. Publication, no. 9. 268 p. Christensen Research Institute, Madang, Papua New Guinea.
  4. Hoese, D.F., D.J. Bray, J.R. Paxton and G.R. Allen, 2006. Fishes. In Beasley, O.L. and A. Wells (eds.) Zoological Catalogue of Australia. Volume 35.2 Australia: ABRS & CSIRO Publishing, 1472 p.

Ficha por (Entered by): Anderson Persek — Novembro/2014
Colaboradores (collaboration): Edson Rechi

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.