Serrasalmus spilopleura Kner, 1858
Ficha Técnica
Ordem: Characiformes — Família: Serrasalmidae
Nomes Comuns: Piranha Amarela/Doce — Inglês: Speckled piranha
Distribuição: América do Sul, bacia do Rio Guaporé
Tamanho Adulto: 25 cm
Expectativa de Vida: 10 anos +
Comportamento: variável
pH: 5.5 a 7.5 — Dureza: < 18
Temperatura: 23°C a 28°C
Distribuição e habitat
Ocorre na bacia do rio Guaporé. Registrado a partir dos rios Caracu e São Pedro, afluentes do rio Paraná e rio Piracicaba.
No Brasil pode ser encontrado nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia e São Paulo.
É uma espécie residente, predadora, tipicamente de ambientes lênticos, sendo freqüentemente capturada em lagos, tanto na água aberta (SaintPaul et al. 2000, Corredor 2004) como na vegetação aquática (Sánchez-Botero et al. 2003, Petry et al. 2003).
Descrição
Quando juvenil é muito semelhante a outras piranhas do gênero Serrasalmus (e também as espécies de Pygocentrus), têm uma coloração prateada, muitas vezes com toques de verde na parte superior do corpo. São cobertos com pequenas manchas escuras numerosas e sua cabeça em forma côncava.
Quanto mais envelhece mais convexa se torna a forma da cabeça, se assemelhando muito a espécies de piranhas Pygocentrus. A cor usual é ouro brilhante para amarelo na parte inferior do corpo, mudando para um amarelo prateado na parte de trás. Alguns espécimes são cobertos de manchas escuras, mas isso não é muito comum.
As nadadeiras na parte inferior do corpo são amareladas, a nadadeira dorsal e adiposa é cinza escuro. A nadadeira caudal é levemente colorida com uma base mais escura e tem uma banda terminal escura. Os olhos são vermelhos.
É uma importante fonte de proteína animal para as populações ribeirinhas, sendo ocasionalmente comercializada nos mercados e feiras da região (Soares et al. 2007).
Além de Piranha é conhecido como Catirina, Curupeté, Palomita, Pirambé, Pirambeba, Piranha amarela, Piranha doce, Piranha ferrujada e Piranha mafurá, de acordo com a região.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 150 cm de comprimento e 50 cm de largura desejável.
Embora seja considerado um peixe de tamanho médio, exigem um aquário com boas dimensões, uma vez que deve ser criado em cardume. Iluminação moderada e plantas ou raízes formando refúgios é desejável.
A água deverá possuir alto nível de oxigênio dissolvido, a decoração poderá incluir substrato arenoso e algumas raízes e troncos.
Comportamento
Apesar de sua fama de peixe agressivo, em aquário seu comportamento é bastante tímido e deve ser mantido em pequenos grupos de no mínimo 5 exemplares.
Devido ao seu estilo de vida parasítico e caráter agressivo, são raras as chances de criar com outras espécies de peixes. Em suma, é melhor manter esta espécie em aquário mono espécie.
Reprodução
Ovíparo. Casal começará a nadar em círculos, ocorrendo interações entre o macho e a fêmea.
Os ovos serão depositados em um ninho construído pelo macho rente a vegetação inferior. Serão fecundados pelo macho e este cuidará da prole até que as larvas eclodam e nadem livremente.
Dimorfismo Sexual
Dimorfismo sexual difícil distinguir, porém as fêmeas tendem ser mais gordas e maiores que os machos. Este último pode apresentar cores mais chamativas em época de reprodução.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de insetos, invertebrados bentônicos, escamas de peixes, peixes, plantas e frutas.
Em cativeiro dificilmente aceitam alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos, pedaços de carnes brancas, camarões, mexilhões, lulas e minhocas.
Não deverá fornecer grandes quantidades de carne de mamífero e aviária, tal como coração de frango ou boi. Alguns dos lípidos contidos nestas carnes não são adequadamente metabolizados, podendo causar excesso de depósitos de gordura e degeneração do órgão.
Etimologia: Serrasalmus; latim, serran, serranus, serra um peixe do gênero Serranus + Latim, salmo = salmão
Sinônimos: Pygocentrus dulcis
Referências
- Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River, located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol.
- Benedito-Cecilio, E., A.A. Agostinho and R.C.C.-M. Velho, 1997. Length-weight relationship of fishes caught in the Itaipu Reservoir, Paraná, Brazil. Naga ICLARM Q.
- Cella-Ribeiro, A., M. Hauser, L.D. Nogueira, C.R.C. Doria and G. Torrente-Vilara, 2015. Length-weight relationships of fish from Madeira River, Brazilian Amazon, before the construction of hydropower plants. J. Appl. Ichthyol.
- López, H.L., A.M. Miquelarena and J. Ponte Gómez, 2005. Biodiversidad y distribución de la ictiofauna Mesopotámica. Miscelánea 14:311-354.
- Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-63.
- de Meiroz Grilo Raposo, Ricardode Castro Bezerra Gurgel, Hélio. Variação da alimentação natural de Serrasalmus spilopleura Kner, 1860 (Pisces, Serrasalmidae) em função do ciclo lunar e das estações do ano na lagoa de Extremoz, Rio Grande do Norte, Brasil
- Maciel, H.M. et al. Reprodução da piranha-amarela Serrasalmus spilopleura Kner, 1858, em lagos de várzea, Amazonas, Brasil
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — ABRIL/2018
Colaboradores (collaboration): –
gostaria de saber que tipos de frutas e taxo destas plantas e que tipo de proteinas elas fornecem para a especie.