Snakehead Chinês (Channa asiatica)

 
Channa asiatica (Linnaeus, 1758)

Ficha Técnica

Ordem: Perciformes — Família: Channidae (Canídeos)

Nomes Comuns: Snakehead Chinês — Inglês: Small Snakehead, Chinese Snakehead

Distribuição: Ásia; China, Taiwan e Vietnã

Tamanho Adulto: 20 a 25 cm

Expectativa de Vida: 10 anos +

Comportamento: predador

pH: 6.0 a 8.0 — Dureza: indiferente

Temperatura: 16°C a 28°C

Distribuição e habitat

Nativo da região central e sul da China e norte do Vietnã. Na China, o rio Yangtze parece representar o limite norte da sua área de distribuição, mais ao sul está presente na Ilha de Hainan e em Hong Kong.

Introduzido em Taiwan e nas ilhas Ishigaki Shima e Ryukyu no Japão. No Vietnã são encontrados somente no Rio Vermelho (também conhecido como Sông Cái ou Yuan).

Ocorre em lagoas, lagos e córregos e rios de fluxo lento, onde normalmente se esconde em fendas, entre raízes ou similares.

Descrição

O formato do corpo deste peixe permite-lhe deslocar-se por entre vegetação aquática e espessa. Cabeça grande, semelhante à de uma cobra, com os olhos na metade anterior.

Assim como inúmeras espécies do gênero não possui nadadeira pélvica, podendo ser facilmente distinto de seus congêneres pelo seu padrão de cor consistindo de barras pretas verticais, geralmente estendendo-se desde a parte inferior até a parte superior do corpo, cor de base acastanhada e numerosas manchas brancas espalhadas pelo corpo e nadadeiras. Seu parente mais próximo é Channa nox, mas essa espécie tem um padrão de cor escura e com apenas algumas manchas brancas irregulares.

Os membros da família Channidae são comumente referidos como “snakeheads” devido à presença de grandes escamas na cabeça que são uma reminiscência das escamas epidérmicas (placas cefálicas) nas cabeças de cobras.

Todas as espécies do gênero Channa possuem aparelho de respiração complementar na forma de câmaras pareadas localizadas atrás e acima das brânquias. Embora estas não sejam labirínticas, mas são alinhadas com o epitélio respiratório. Estas câmaras permitem aos peixes respirar ar atmosférico e sobreviver em condições hipóxicas ou mesmo fora da água por um período considerável de tempo. Em aquários muitas vezes são vistos subindo para a superfície para tomar goles de ar.

Espécime sub-adulto em aquário

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.

Prefere aquário mal iluminado com uma camada de vegetação flutuante. Além de folhas e raízes espalhados pelo substrato.

É essencial manter o aquário bem tampado, sua capacidade de escapar é notória.

Comportamento

Regra geral ficam melhor quando mantidos em aquários específicos para a espécie.

Os indivíduos jovens podem ser mantidos juntos, mas geralmente começam a exibir comportamento agressivo uns com os outros, à medida que se tornam sexualmente maduros. Isso varia um pouco entre os indivíduos, com as fêmeas tendendo a ser mais beligerantes do que os machos. Se formam um casal são geralmente pacíficos um para o outro mas hostis frente a outros da mesma espécie.

Reprodução

Ovíparo. Desovam em pequenos córregos em meio a densa vegetação. Demoram a atingir a maturidade sexual.

Adultos formam pares em áreas inundadas ou pequenos riachos com densa vegetação submersa no início da estação chuvosa. Os ovos flutuam na superfície da água até que eclodam, provavelmente sendo a mesma estratégia reprodutiva observada em alguns de seus congêneres.

O cuidado parental é relativamente estendido e os adultos são extremamente agressivos na defesa de sua ninhada, com peixes selvagens ocasionalmente podendo ferir até mesmo humanos. Os juvenis mais velhos formam grandes cardumes, presumivelmente como um meio para reduzir ameaça representado pelos predadores.

Dimorfismo Sexual

Machos apresentam nadadeira dorsal e anal mais extensas e possuem um número maior de manchas prateadas no corpo e nadadeiras.

Fêmeas adultas tendem a ter forma do corpo mais roliça.

Alimentação

Carnívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de peixes e insetos terrestres.

Em cativeiro poderá ter dificuldades em aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos ou congelados (mortos). Alguns espécimes podem vir a aceitar alimentos secos, porém esta nunca deverá ser sua dieta principal.

Juvenis e sub-adultos podem ser alimentados diariamente, enquanto espécimes adultos de duas a três vezes por semana será o suficiente.

Evite fornecer carne de mamíferos ou aviária, uma vez que alguns dos lipídios contidos nestes não podem ser devidamente metabolizados pelos peixes e pode causar depósitos de gordura em excesso e até mesmo degeneração de órgãos.

Etimologia: Channa; channe (grego) -es = uma anchova

Asiatica; nomeado em referência a seu local de origem.

Sinônimos: Channa formosana, Channa sinensis, Channa ocellata, Gymnotus asiaticus

Referências

  1. Man, S.H. and I.J. Hodgkiss, 1981. Hong Kong freshwater fishes. Urban Council, Wishing Printing Company, Hong Kong, 75 p.
  2. Nichols, J.T., 1943. The freshwater fishes of China. Natural history of Central Asia: Volume IX. The American Museum of Natural History, New York, USA, 322 p.
  3. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Abril/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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