Ciclídeo Búfalo (Steatocranus casuarius)

 

Steatocranus-casuarius

Classificação

Classe: Actinopterygii • Ordem: Perciformes • Família: Cichlidae

Nome binomial: Steatocranus casuarius (Poll, 1939)

Sinônimos: nenhum

Grupo Aquário: Ciclídeos Africanos

Nomes comuns

Ciclídeo Cabeça de Leão, Ciclídeo Cabeça de Búfalo, Ciclídeo Búfalo, Peixe Búfalo

Inglês: Lionhead cichlid, Lionhead, Lumphead, Humphead cichlid, African blockhead

Distribuição & habitat

África. Lago Malebo e rio Congo.

Países: República do Congo e República Democrática do Congo

Habitat: encontrado em partes turbulentas do rio Congo e seus afluentes, comumente em bolsões de água.

Steatocranus-casuarius-map
Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

Demersal; água doce • pH: 6.0 – 7.6 • Dureza: 5 – 19 • Clima: tropical; 24°C – 28°C

Tamanho adulto

12 cm (comum 10 cm) • Estimativa de vida: 5 anos +

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 80 cm X 30 cm X 40 cm (96 litros) requerido para um casal. Substrato arenoso indicado, uma vez que os peixes gostam de cavar, além de bastante rochas dispostas formando cavernas. A água deve ser bem oxigenada com forte fluxo, no entanto, áreas do aquário com baixo fluxo serão apreciadas.

Seu comportamento é bastante variável, algo comum em ciclídeos, porém, esta espécie á ainda mais variável. De uma forma geral são peixes pacíficos, mas que se tornam extremamente agressivos em época de reprodução ou frente a peixes que considerem uma ameaça, podendo matar ou enfrentar peixes até mesmo de porte superior. São bastante corajosos e de personalidade única. Podem ser tornar territorialistas com peixes que costumam frequentar unicamente o fundo do aquário. Tal comportamento não deve ser confundido com agressividade, são coisas distintas, no geral raramente incomodam outros peixes, porém, raramente encontram-se peixes que ousam incomodá-los. Peixes menores devem ser evitados, pois serão comidos.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de peixes menores, larvas de insetos, crustáceos, insetos e secundariamente matéria vegetal. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos sem dificuldades. Trata-se de uma espécie que comerá praticamente tudo o que for fornecido.

Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos.

Reprodução e dimorfismo sexual

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Macho maior e com o coque bem definido, fêmea de menor porte e com o coque quase imperceptível

Ovíparo. Maturidade sexual ocorre próximo de 12 meses. Fêmea deposita de 30 a 150 ovos em superfícies planas a nível do substrato. Seus ovos são grandes proporcionalmente ao tamanho da fêmea podendo atingir mais de 3mm. Ovos eclodem em até 5 dias e os alevinos estarão nadando livremente em cerca de 5 a 6 dias. Pais cuidam da progênie por até 8 semanas.

Dimorfismo sexual

Espécie monomórfica até atingirem cerca de 6 cm. A partir deste tamanho os machos se desenvolvem mais rapidamente e ficam maiores que as fêmeas, além de apresentarem nadadeiras dorsais maiores e pontiagudas. Machos possuem uma grande protuberância na cabeça. As fêmeas também podem apresentar esta característica, mas a protuberância é bem menor comparado com o do macho.

Galeria de imagens

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Descrição

Peixe de corpo alongado com longa nadadeira dorsal. Dependendo das condições da água e humor do peixe sua coloração pode variar do escuro para cinza claro. Apresenta cinco listras transversais em seus flancos.

Este ciclídeo é popular mais pelo seu temperamento e forma de natação do que propriamente pela sua coloração monótona. Conhecido no exterior por diversos nomes populares.

Apresenta bexiga natatória modificada para reduzir o empuxo evitando que seja arrastado pelas fortes correntes de água, muito comum em seu ambiente natural. Devido a bexiga natatória reduzida não conseguem manter seu corpo estabilizado na água, passando a maior parte de seu tempo rente ao fundo ou entocado em refúgios em meio a rochas e raízes. Esta modificação reduz sua mobilidade fazendo com que nade somente pequenas distâncias descolando-se por pequenos “saltos” ao longo do fundo.

Machos apresentam uma grande protuberância (conhecido como coque) em sua cabeça, fator que condiz com sua etimologia: Steatocranus; steatos = gordura dura + kranion = crânio, palavras gregas fazendo alusão a protuberância. Curiosamente o coque em sua cabeça pode mudar de tamanho rapidamente.

Referências

  1. FAO-FIES, 2013. Aquatic Sciences and Fisheries Information System (ASFIS) species list.
  2. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243 p.
  3. Riehl, R. and H.A. Baensch, 1991. Aquarien Atlas. Band. 1. Melle: Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde, Germany. 992 p.
  4. Snoeks, J. and G. De Boeck, 1991. Steatocranus. p. 460-461. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Junho/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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