Tropheus brichardi (Nelissen & Thys van den Audenaerde, 1975)
Nome Popular: Tropheus de olhos azuis — Inglês: Blue-Eyed Tropheus
Família: Cichlidae (Ciclídeos)
Origem: África, endêmico do lago Tanganika
Tamanho Adulto: 12 cm (comum: 10 cm)
Expectativa de Vida: 5 anos +
Temperamento: Territorial, agressivo
Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 L)
Temperatura: 24°C a 28°C
pH: 8.0 a 9.0 – Dureza: 10 a 15
Visão Geral
Encontrado em meio a rochas e cavernas. Costumam se fixar numa determinada área (arenosa ou rochosa) onde desenvolve forte relações hierárquicas com demais indivíduos do grupo. Jovens apresentam corpo castanho amarelado com diversas faixas transversais levemente escuras e abdômen amarelado. Quando adultos ficam mais escuros com faixas transversais também mais escuras. Populações mais representativas são Kabimba; Canary Cheek; Kipili; Malagarasi; Mpimbwe; Namansi; Ujiji e Ulwile.
Aquário & Comportamento
O aquário para a espécie deve seguir o padrão Tanganica formando um paredão de rochas com algum espaço aberto para nadarem. Aquário mínimo de 200L para manter um trio com um macho e duas fêmeas, para um cardume maior considere um aquário mínimo de 150 cm x 50 cm.
Mantê-los em grande cardume é necessário uma vez que em seu ambiente natural vivem em grandes grupos com relações sociais bastante desenvolvidas com hierarquia bastante singular. Se mantiver em pouca quantidade poderão apresentar agressividade maior do que o normal podendo até mesmo haver mortes devido a disputas. Quando mantido em grande grupo, as interações sociais são bastante fascinantes. Pode ser criado com outros ciclídeos desde que possuam a mesma dieta alimentar e exigem parâmetros de água semelhantes. Entre todas espécies de Tropheus descritas é a mais agressiva com espécies do gênero, com outras espécies de peixes costuma ser somente territorial. São peixes bastante ativos.
Reprodução & Dimorfismo Sexual
Ovíparo, são incubadores bucais e a fêmea cuida da progênie carregando os ovos na boa até sua eclosão ou até que possam viver em sua colônia sem perigo (normalmente em torno de 21 dias). O dimorfismo sexual é pouco acentuado na espécie, mas algumas características e comportamento podem ajudar na definição. Machos ficam levemente maiores e seus lábios costumam ficar mais esbranquiçados devido a disputas boca a boca com outros machos. A forma mais segura de distinguir é através das papilas genitais (técnica conhecida como venting) onde fêmeas apresentam papila arredondada.
Alimentação
Herbívoro, se alimenta basicamente de algas em seu ambiente natural, secundariamente pequenos crustáceos. Em cativeiro aceitará prontamente rações especificas para ciclídeos africanos, devendo ser fornecido também Spirulina e alimentos de base vegetal como verduras frescas como alface e espinafre. Espécie bastante suscetível ao bloat, caso não seja fornecido regularmente alimentos de origem vegetal.
Referências
- Maréchal, C. and M. Poll, 1991. Tropheus. p. 521-525. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
- Brichard, P., 1989. Pierre Brichard’s book of cichlids and all the other fishes of Lake Tanganyika. T.F.H. Publications, Inc. 544 p.
- Baensch, H.A. and R. Riehl, 1985. Aquarien atlas. Band 2. Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde GmbH, Melle, Germany. 1216 p.
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2015
Colaboradores (collaboration): –
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